As Assistências ibéricas da Companhia de Jesus e a actividade científica nas missões asiáticas (1578-1640). Alguns aspectos culturais e institucionais

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As Assistências ibéricas da Companhia de Jesus e a actividade científica nas missões asiáticas (1578-1640). Alguns aspectos culturais e institucionais
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Os estudos sobre a contribuição dos Jesuítas para a ciência durante o primeiro século da Companhia de Jesus estão a aumentar em número e em qualidade. Todavia, eles ainda separam os aspectos gerais, isto é, o contributo específico dos Jesuítas na Europa, por um lado, e o seu papel na difusão da cultura Europeia e - especialmente - no estabelecimento de contacto entre as tradições cientificas do Ocidente e do Oriente. Como consequência, estudos sobre missionários. tais como Ricci. Rho ou Schall, só muito em geral têm em conta a tradição cientifica dos Jesuítas e, ainda menos, as dos colégios nos quais eles foram formados como "cientistas". Nem sequer tem sido prestada muita atenção ao que parece ser uma contradição. As missões dos Jesuítas no Oriente eram as mais qualiflcadas cientificamente, mas faziam parte da Assistência de Portugal, a qual, depois da de Espanha era a mais cientificamente "debilitada". Acresce que os mais famosos cientistasmissionários no Extremo Oriente raramente eram Ibéricos, quer por nascimento. quer por formação. O presente artigo estabelece algumas conexões entre os colégios Europeus e as missões do Extremo Oriente, discutindo o estatuto das disciplinas matemáticas nos colégios Ibéricos, bem como o modo como isso podia afectar a actividade científica dos missionários e a sua transmissão para a Europa. /// Studies on Jesuit contributions to science during the Society's first century are increasing in number and quality. But they still show a division between the general aspects, or the specific contributions by Jesuits in Europe, and their role in spreading European culture and – specially – in establishing a contact between scientific traditions of the West and the East. Owing to this, studies on missionaries, as Ricci. Rho or Schall consider only very broadly the Jesuit scientific tradition and, even less, those of the colleges in which they were formed as "scientists". Nor a much larger attention has been paid to what seems a contradiction. Jesuit missions in the East were the best scientifically qualified, but they were a part of the Portuguese Assistence which, after the Spanish, was the most "depressed" scientifically. In addition, the best reputed scientists-missionaries in the Far East were rarely Iberian, by birth or training. This article draws some connections between European colleges and Far East missions, discussing the mathematical disciplines' status in the Iberian colleges, and the way it could affect the missionaries' scientific work and its transmission in Europe.
Publication
Revista Portuguesa de Filosofia
Volume
54
Issue
2
Pages
195-246
Date
1998
ISSN
0870-5283
Accessed
2/17/21, 11:14 AM
Library Catalog
JSTOR
Extra
Publisher: Revista Portuguesa de Filosofia
Citation
Baldini, U., & Fernandes, B. (1998). As Assistências ibéricas da Companhia de Jesus e a actividade científica nas missões asiáticas (1578-1640). Alguns aspectos culturais e institucionais. Revista Portuguesa de Filosofia, 54(2), 195–246. https://www.jstor.org/stable/40337276