Your search

Resource type
Publication year

Results 11 resources

  • Home altars have long been a part of many religious traditions. In each culture, the home altar offers an important sanctuary, providing a sacred space for prayers and meditation, often accompanied by distinct rituals. This private, personal, yet communal space is non-hierarchical, relational, and very often taken care of by women. This study explores how Catholic women perceive and practice their faith within their households in Macau. I argue that domestic religious practices allow women to reconstruct ethnic and religious identities, creating sacred spaces that help them navigate social change while at the same time serving as a powerful means of evangelizing. This dissertation explores the relationship among women, mission, and spirituality examined through domestic devotional practices. By interviewing twenty-one women from three major Catholic ethnic groups in Macau -- Chinese, Filipino and Macanese -- we learn how their altar-making and veneration creates hope and trust and see how the altar acts as a spiritual oasis personally and communally. Women’s roles are not only confined to their homes; they can contribute meaningfully both to society and the church through their participation in the most diverse professional disciplines and ecclesial leadership roles. Yet the home remains a source of creative power, providing the inspiration and strength for women to bring forth their mission to the wider community. Through the narratives of our interviewees from this study, we see how home altar veneration and their related devotional practices act as vehicles for women’s missioning. Women’s special sensitivity and empathy for others promote and nourish the growth and development of the whole human person -- for themselves, for their families, and for those who work with them. Their participatory and personally-oriented approach is the unique gift that women bring to the Church in Asia.

  • Na história colonial do Extremo Oriente, durante os séculos XVI e XVII e na história dos missionários católicos, o Padroado ocupa uma posição muito importante. Portugal, Espanha, França e a Santa Sé realizaram uma intensa competição pelo Padroado, o que teve uma profunda influência na história. Espero, através desta dissertação, conhecer melhor a história do Padroado Português no Extremo Oriente, bem como através da investigação dos documentos e outros materiais encontrados resumir os impactos do Padroado Português e os seus papéis nas ex-colónias ultramarinas, particularmente dando atenção à forma como Portugal completou o domínio colonial de Macau no período das dinastias Ming e Qing. O primeiro capítulo introduz algumas possibilidades sobre o ensino das relações históricas sino-portuguesas na aprendizagem do português. O segundo capítulo refere a influência e o papel de Portugal no processo de desenvolvimento do Padroado português, a intenção do Papa na concessão do Padroado do Extremo Oriente a Portugal, os impactos do acesso ao Padroado do Extremo Oriente a Portugal. Foi feita também uma análise de várias atividades seculares do Padroado do Extremo Oriente em que os missionários portugueses participaram. No terceiro capítulo é abordada principalmente a relação entre Portugal e a China durante as dinastias Ming e Qing, e como Portugal entrou em Macau com sucesso e esta se tornou numa das suas colónias ultramarinas. O último capítulo resume o importante papel desempenhado pelo Padroado do Extremo Oriente no processo colonial no exterior e apresenta a análise feita, com base nos dois capítulos anteriores, do estabelecimento e manutenção de relações de negócios, fornecendo informações de negócios e participação na administração colonial, assim como o envolvimento em atividades de negócios e outras atividades seculares. É referida a eficácia secular do Padroado do Extremo Oriente e a sua ajuda na consolidação e desenvolvimento dos interesses coloniais portugueses no Extremo Oriente.

  • Qual o processo de definição urbanística das cidades construídas pela presença portuguesa no Oriente, entre 1503 e 1663? é a questão fundamental a que esta tese se propõe dar uma resposta, com o objetivo de preencher uma das lacunas que persiste no tema do universo urbanístico português: o conhecimento cabal do elo asiático dentro da problemática da urbanística portuguesa. Entre o estabelecimento do primeiro núcleo urbano, Cochim, em 1503, e a sua capitulação para a Companhia das Índias Orientais holandesa, em 1663, enquadra-se o tempo forte da instalação dos portugueses na Ásia, decorrente da Expansão marítima. O objetivo é analisar, dentro da problemática disciplinar do urbanismo, esta fase de instalação, coincidente com a urbanização dos núcleos onde se instalou a presença portuguesa e se deu o seu alargamento para os territórios envolventes. Cidades cabeças de territórios, ancoraram em terra a rede marítima que serviu a empresa da Expansão e, em grande parte sem uma solução de continuidade, vincularam materialidades e comunidades num tempo longo, extensível ao dia de hoje. A dimensão que a Ásia urbanizada acarreta no estudo da urbanística, em particular, pelo confronto e convívio que ocorreu para ser possível a instalação e permanência portuguesa, amplifica a reflexão e o discurso das relações ou disparidades entre culturas urbanísticas e, assim, o âmbito da própria cultura urbanística portuguesa. As afinidades que as comunidades contemporâneas têm com o espaço que habitam, veem e sentem, passam, de igual modo, pelo entendimento e avaliação não só do resultado no presente, mas dos processos que lhe deu origem e transformou. Porque a urbanística é tão só uma pequena parte da cultura, que informa e forma a identidade de uma comunidade. O registo urbanístico que ficou, e aquele que foi rasurado, no fundo, o património urbanístico, tal como o património material, a língua, a gastronomia, a religião, entre outros, tem assim uma aplicação direta em disciplinas cujos conteúdos culturais e sociais são o mote e nas decisões políticas que gerem os espaços e comunidades urbanos. O esclarecimento destas questões e a variedade dos objetos impôs trilhar a análise num horizonte geográfico alargado, determinando, quase de seguida, quais os núcleos urbanos que valeriam um olhar mais profundo. Cochim, Colombo, Malaca, São Tomé de Meliapor e Macau são os objetos que, constituindo-se como uma rede urbana com variantes, melhor articulam os diversos enquadramentos regionais nos quais existe(m) a(s) rede(s) urbana(s) asiática(s) onde foi exercida influência portuguesa. A variedade definiu, de igual modo, a estratégia da análise. A cada caso corresponde um estudo morfológico dos programas e malhas urbanos, focando-se o como, em que condições, quem e quando se pensou e fez a cidade, e como a partir dessas matrizes ela evoluiu. Extrapola-se depois, nos casos que assim o exigem, numa análise da interferência portuguesa no território envolvente, os arrabaldes e o termo. A par e passo a todo este processo é desenhada a história numa base operativa que, tal como o texto, é uma ferramenta de interpretação e de consolidação do conhecimento. Por fim, uma leitura de confronto entre os objetos visa expor os tipos, os mecanismos de atuação, as particularidades que conduziram o desenho urbano, e o nível de intromissão nos territórios. Em resumo, informa o processo de definição urbanística, o qual abre a discussão para dois âmbitos que lhe estão intimamente relacionados: a cultura e o património urbanísticos, que são simultaneamente produtores e produtos dos processos.

  • Em meados do século XX, Macau entra num período culturalmente florescente. O conhecimento da língua e da cultura chinesas é apreciado. São muitas as traduções para o português, publicadas em diversos jornais, revistas e livros em Macau, pela elite macaense. A editora Colecção Notícias de Macau publica vinte e três volumes de escritos e tradução, a maioria dos quais é sobre a China e Macau, de autoria de Luís Gonzaga Gomes (1907-1976) – filho da terra. É de destacar que não é por acaso que Luís Gonzaga Gomes escreve artigos temáticos sobre a China e Macau, nem traduz obras clássicas da China somente por motivos pessoais. Tais iniciativas são uma medida estratégica de conciliação da comunidade macaense com a comunidade chinesa, que, por sua vez, contribui para a reflexão e construção da identidade macaense, especialmente, ao longo das convulsões socias, jurídico-políticas e étnicas que marcam estas décadas. O presente estudo pretende usar os conceitos como identidade, imagem e tradução, cruzando os Estudos de Imagens com os Estudos Descritivos de Tradução, para analisar as imagens construídas pelas obras de Gonzaga Gomes. Apresenta o resultado de pesquisa de arquivo para a identificação das publicações de Gonzaga Gomes e procede a uma análise paratextual e textual, a fim de desvendar as considerações poéticas e ideológicas de Gonzaga Gomes sobre a identidade macaense.

  • Os bispos constituíram uma importante elite durante o Antigo Regime. A nomeação régia seguida de confirmação apostólica, complementada pelo carácter sagrado do múnus episcopal, proporcionaram a formação de um corpo de indivíduos que, para além de obrigações religiosas, devia zelar pelo cumprimento das disposições régias e colaborar no governo temporal dos territórios que lhes eram adstritos, ao mesmo tempo que lhes cabia vigiar e controlar o comportamento das poluções que mantinham sobre a sua jurisdição. Deste modo, compreender o arquétipo procurado para cada território e conhecer a forma como os poderes se relacionaram com esta elite, afigura-se indispensável para o conhecimento do passado histórico de qualquer comunidade. A presente dissertação pretende dar um contributo no cumprimento desse objetivo em relação aos bispos de Macau, desde a criação da diocese (1576) até ao fim do mandato do último bispo nomeado durante o consulado pombalino (1782). A situação multicultural, o estatuto ambíguo e em permanente renovação aliada à dupla subordinação ao representante da Coroa portuguesa e o imperador chinês, foram circunstâncias que tornaram a presença e atuação episcopal neste território peculiares no contexto do império português. Numa perspetiva comparativa, partindo dos modelos episcopais procurados para os restantes espaços ultramarinos particularmente, o estudo do modelo dos bispos escolhidos para Macau permite um conhecimento aprimorado sobre as estratégias régias específicas que orientaram os soberanos no governo do território. Finalmente, o presente estudo pretende ser novo contributo para o conhecimento dos bispos nos territórios ultramarinos portugueses.

  • A Europa e a Igreja Católica viviam um período conturbado, no contexto da Reforma Protestante do século XVI, quando a Companhia de Jesus surgiu, ajudando a garantir a posição do catolicismo no velho continente e tomando para si a missão de divulgar a fé a outros povos. Enquanto isso, Portugal descobria todo um Novo Mundo, graças à temeridade dos seus marinheiros e à ousadia dos seus reis. O jesuíta português Tomás Pereira foi um dos que partiu de Lisboa para o Oriente, sob as ordens do Padroado Português, para converter os infiéis ao catolicismo. Para isso, o religioso estudou a língua e cultura chinesas em Macau, antes de conquistar um posto em Pequim, junto do imperador Kangxi. A par do seu trabalho de proselitismo, Pereira foi um embaixador das ciências ocidentais e ocupou um importante cargo na corte Qing, desempenhando um papel de relevo nas negociações com a Rússia, na sequência da invasão de territórios chineses. O episódio da Controvérsia dos Ritos é revelador da influência que Tomás Pereira alcançou: após a proibição das missões na China e graças aos seus argumentos junto do imperador, o jesuíta conseguiu que o Édito de Tolerância ao Cristianismo fosse publicado. Para além disso, conhecedor que era da teoria musical, foi professor de música do próprio imperador e escreveu a primeira obra em chinês sobre a técnica musical ocidental. Enquanto o padre permaneceu em Pequim, foi registando os assuntos e acontecimentos mais importantes no seu diário, testemunho posteriormente entregue à Igreja Católica, em Roma. Muitas das suas memórias sobre Kangxi foram conservadas, permanecendo como documentos de grande valor histórico até à atualidade. Concomitantemente, a sua imagem permaneceu na literatura popular da China. O percurso de Tomás Pereira, que nasceu em Portugal mas passou a maior parte da sua vida na China, terá provocado uma metamorfose identitária. Através dele, é possível revisitar a história de Portugal no diálogo com a civilização chinesa: o seu contributo no domínio da interculturalidade é inegável. O grande objetivo do presente trabalho é precisamente estudar as relações culturais entre os dois países, a partir da ação dos jesuítas na segunda metade do século XVII e inícios do século XVIII, com especial enfoque na vida e identidade do padre Tomás Pereira (1645-1708).

  • O presente ensaio visa compreender a evolução da cadeia de eventos, cronologicamente interligados, que definem um dos grandes focos históricos de comunicação intercultural entre o ocidente e o oriente. Os descobrimentos portugueses, mais do que a quebra de barreiras geográficas e inovação na exploração dos oceanos, foram predominantemente revolucionários na forma como seres humanos de diferentes polos civilizacionais passaram a interagir uns com os outros. Com a chegada à China estabelece-se o território de Macau, assim como o diálogo entre duas potências do mundo de então. Contudo, o apogeu da importância deste território está intrinsecamente ligado ao facto de ter permitido o acesso ao Império do Meio a um outro interveniente especial: a Companhia de Jesus que, desde os primeiros estágios da sua existência, teve acesso à ásia oriental através do Padroado Português. O modo inovador que os Jesuítas conceberam para compreender e se adaptarem às idiossincrasias da China, cujo contexto cultural e civilizacional eram radicalmente diferentes da europa, faz destes missionários um interessante caso de estudo.

  • This dissertation examines the role of urban real estate in the finances and networks of the Jesuit missions in China. Starting in 1612, when Jesuit missionaries working in China envisioned for the first time a strategy for making the missions financially independent from Europe, I will investigate how and why it took until the second half of the eighteenth century for the Christian communities in China to become financially self-sustaining. The procurators and their subordinate treasurers, the Jesuits primarily in charge of the financial management of the missions, are the subject of this dissertation. How did they combine the resources and personnel extracted from Europe, India, and China to establish an autonomous financial foundation for the missions in China? This dissertation argues that their most reliable source of income was revenue from investments in urban real estate. The arc of this dissertation spans both the seventeenth and eighteenth centuries examining the Portuguese and the French Jesuit missions in China. Through a close analysis of Jesuit procurators’ activities and personal networks this dissertation will assert that while they realized the necessity of economic integration in the global missions early on, procurators encountered great problems in realizing this goal. As such, this dissertation recognizes the limitations of global networks by exploring the role of global contact and the circulation of missionaries, money, and mail and by looking at the Jesuit search for financial opportunities in the local and regional economy to become self-sustaining communities. Only by studying the Jesuit finances in China over a time-span of 166 years does the relationship between Longobardo’s strategic planning for financial independence in 1612 and the French Jesuits’ budget for their missions in Beijing in 1778 become fully clear. This dissertation’s most important contribution is in charting the growing importance of revenue from investments in urban real estate. Ironically, just as the missions in China had begun to galvanize local resource networks largely independent of the central organization of the Society, European monarchs expelled the Jesuits from their realms and Rome finally dissolved the Jesuits as a Society.

  • Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Estudos Portugueses), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2011

  • This dissertation surveys the history of Christianity in China during the late eighteenth and early nineteenth centuries, with particular attention given to Chinese clergy and lay Christians. A variety of issues are discussed: the social organization of Christian communities, the networks among communities in different localities, internal tensions and conflicts, and Christian devotions in relation to the printing and circulation of Chinese Christian texts known as "scriptures". By examining a group of unusual sources that have been mostly neglected by past scholars---the correspondence of Chinese Christians with ecclesiastical authorities in Rome, and other more familiar but little studied sources such as memorials and edicts regarding the investigation and interrogation of Chinese Christians and Western missionaries during the period of prohibition (1724-1844)---I intend to show how the imperial ban on Christianity in 1724, especially the expulsion of missionaries and the closing of all churches outside the imperial capital, may have affected Christian beliefs and practices at the local level. The historical survey of the period from 1724 to 1780 and the two case studies in Beijing and Jiangnan from 1780 to 1860 will demonstrate that the repression of Christianity and periodic anti-Christian campaigns did, to some extent, help to shape the Christian community in China, making them into a whole body of people connected by religious identity, as distinguished from non-Christians. Yet this strong sense of community may also have been due to spiritual and social connections with Christian communities beyond China. A second contribution of this dissertation study has to do with its exploring the nuances of Christian and other forms of popular devotions. Recent scholarship that sees Christianity primarily as a Chinese popular religion may have underestimated its distinctive "foreignness" and in part misunderstood what conversion meant in the context of Chinese religion and society. To some extent, Chinese converts were attracted to Christianity because it provided another choice for them beyond the existing religious traditions. A drastically different calendar characterized by distinctive feast days, fasting and abstinence, veneration of saints, along with other peculiar Christian beliefs and practices, have become what I define as "alternative devotions".

  • Trade between Manila and Macao in silks and other products in exchange for American Japanese silver had repercussions around the world. Commerce on the Macao-Manila route (1580–1642) represented a remarkable coming together of old adversaries to distribute luxury products throughout the Spanish and Portuguese empires. The present study examines Iberian competition, war, and trade with the Netherlands, England and the opening of China to European trade. Despite frequent attempts to keep Portuguese and Spanish imperial holdings separate, their merchants shared economic and strategic interests that surpassed imperial regulations. Attracted to wealth and the retention of imperial holdings, the merchants of the Macao-Manila trade route made the voyage a viable link between China and the Iberian Empire. This commerce connected not only the two Asian port cities, but it also linked their global imperial networks, opening the world to the riches of the Orient.

Last update from database: 3/13/25, 8:01 AM (UTC)