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  • Qual o processo de definição urbanística das cidades construídas pela presença portuguesa no Oriente, entre 1503 e 1663? é a questão fundamental a que esta tese se propõe dar uma resposta, com o objetivo de preencher uma das lacunas que persiste no tema do universo urbanístico português: o conhecimento cabal do elo asiático dentro da problemática da urbanística portuguesa. Entre o estabelecimento do primeiro núcleo urbano, Cochim, em 1503, e a sua capitulação para a Companhia das Índias Orientais holandesa, em 1663, enquadra-se o tempo forte da instalação dos portugueses na Ásia, decorrente da Expansão marítima. O objetivo é analisar, dentro da problemática disciplinar do urbanismo, esta fase de instalação, coincidente com a urbanização dos núcleos onde se instalou a presença portuguesa e se deu o seu alargamento para os territórios envolventes. Cidades cabeças de territórios, ancoraram em terra a rede marítima que serviu a empresa da Expansão e, em grande parte sem uma solução de continuidade, vincularam materialidades e comunidades num tempo longo, extensível ao dia de hoje. A dimensão que a Ásia urbanizada acarreta no estudo da urbanística, em particular, pelo confronto e convívio que ocorreu para ser possível a instalação e permanência portuguesa, amplifica a reflexão e o discurso das relações ou disparidades entre culturas urbanísticas e, assim, o âmbito da própria cultura urbanística portuguesa. As afinidades que as comunidades contemporâneas têm com o espaço que habitam, veem e sentem, passam, de igual modo, pelo entendimento e avaliação não só do resultado no presente, mas dos processos que lhe deu origem e transformou. Porque a urbanística é tão só uma pequena parte da cultura, que informa e forma a identidade de uma comunidade. O registo urbanístico que ficou, e aquele que foi rasurado, no fundo, o património urbanístico, tal como o património material, a língua, a gastronomia, a religião, entre outros, tem assim uma aplicação direta em disciplinas cujos conteúdos culturais e sociais são o mote e nas decisões políticas que gerem os espaços e comunidades urbanos. O esclarecimento destas questões e a variedade dos objetos impôs trilhar a análise num horizonte geográfico alargado, determinando, quase de seguida, quais os núcleos urbanos que valeriam um olhar mais profundo. Cochim, Colombo, Malaca, São Tomé de Meliapor e Macau são os objetos que, constituindo-se como uma rede urbana com variantes, melhor articulam os diversos enquadramentos regionais nos quais existe(m) a(s) rede(s) urbana(s) asiática(s) onde foi exercida influência portuguesa. A variedade definiu, de igual modo, a estratégia da análise. A cada caso corresponde um estudo morfológico dos programas e malhas urbanos, focando-se o como, em que condições, quem e quando se pensou e fez a cidade, e como a partir dessas matrizes ela evoluiu. Extrapola-se depois, nos casos que assim o exigem, numa análise da interferência portuguesa no território envolvente, os arrabaldes e o termo. A par e passo a todo este processo é desenhada a história numa base operativa que, tal como o texto, é uma ferramenta de interpretação e de consolidação do conhecimento. Por fim, uma leitura de confronto entre os objetos visa expor os tipos, os mecanismos de atuação, as particularidades que conduziram o desenho urbano, e o nível de intromissão nos territórios. Em resumo, informa o processo de definição urbanística, o qual abre a discussão para dois âmbitos que lhe estão intimamente relacionados: a cultura e o património urbanísticos, que são simultaneamente produtores e produtos dos processos.

  • Em meados do século XX, Macau entra num período culturalmente florescente. O conhecimento da língua e da cultura chinesas é apreciado. São muitas as traduções para o português, publicadas em diversos jornais, revistas e livros em Macau, pela elite macaense. A editora Colecção Notícias de Macau publica vinte e três volumes de escritos e tradução, a maioria dos quais é sobre a China e Macau, de autoria de Luís Gonzaga Gomes (1907-1976) – filho da terra. É de destacar que não é por acaso que Luís Gonzaga Gomes escreve artigos temáticos sobre a China e Macau, nem traduz obras clássicas da China somente por motivos pessoais. Tais iniciativas são uma medida estratégica de conciliação da comunidade macaense com a comunidade chinesa, que, por sua vez, contribui para a reflexão e construção da identidade macaense, especialmente, ao longo das convulsões socias, jurídico-políticas e étnicas que marcam estas décadas. O presente estudo pretende usar os conceitos como identidade, imagem e tradução, cruzando os Estudos de Imagens com os Estudos Descritivos de Tradução, para analisar as imagens construídas pelas obras de Gonzaga Gomes. Apresenta o resultado de pesquisa de arquivo para a identificação das publicações de Gonzaga Gomes e procede a uma análise paratextual e textual, a fim de desvendar as considerações poéticas e ideológicas de Gonzaga Gomes sobre a identidade macaense.

  • The office of the procurator of the papal Sacred Congregation for the Propagation of the Faith (Sacra Congregatio de Propaganda Fide) offers a unique case study of noncommercial interloping in the long eighteenth century in the Pearl River Delta, and reveals the complexity and fluidity of life at the intersection of Asian and European maritime environments in that special human ecosystem. The oceanic infrastructure of the Age of Sail and the Sino-Western trade system in Canton sustained the Catholic missionary enterprise in Asia, and the professional figure of the procurator represented its economic and political linchpin. Procurators were agents connected with both European and Qing imperial formations, yet not directly at their service. They utilized existing maritime trade networks to their own advantage without being integral parts of those networks’ economic mechanisms. All the while, they subverted Qing prohibitions against Christianity. Using sources preserved in Rome, this article offers new insights into the global mechanisms of trade, communication, and religious exchange embodied by the procurators-interlopers and their networks, with significant implications for the history of the Sino-Western trade system, Qing policies toward the West and Christianity, and the history of Asian Catholic missions.

  • A survey of the latest scholarship on Catholic missions between the 16th and 18th centuries, this collection of fourteen essays offers a global view of the organization, finances, personnel, and history of Catholic missions to the Americas, Africa, and Asia.

  • Nos impérios ibéricos da Época Moderna, a criação de dioceses correspondia à continuação da política de apropriação dos espaços imperiais, integrando- -os nas lógicas de governo das monarquias católicas e densificando a malha jurisdicional que recaía sobre cada território. Na Ásia portuguesa, a construção da rede diocesana seguiu de perto os ritmos de expansão geográfica do Coroa Portuguesa, implementando novos bispados em zonas que era necessário reenquadrar administrativamente. No caso do bispado de Macau (1576), bem como do Japão (1588), o envio de bispos foi também um modo de dar resposta às necessidades do labor evangelizador que se apresentava profícuo, procurando dar-lhe maior apoio e consistência, ao mesmo tempo que se reforçava a autoridade régia sobre os territórios, diminuindo, mas não anulado, a autonomia dos comerciantes locais e da Companhia de Jesus.

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